sexta-feira, 10 de abril de 2009

Serro

O território onde se localiza o município foi visitado, no final do século 17, por bandeirantes em busca de ouro na chamada Ivituruí, que na língua dos índios que habitavam aquelas terras significa "serro frio". O nome é uma referência ao fenômeno climático que faz descer sobre o relevo montanhoso da região uma fria neblina acompanhada de ventos. As riquezas encontradas atraíram muitos aventureiros que, nos primeiros anos do século 18, ergueram diversos acampamentos, entre os quais o Arraial das Lavras Velhas do Ivituruí, primeiro núcleo da Vila do Príncipe, futura cidade do Serro.



















Até o final dos anos 1700, o povoado experimentou uma fase de desenvolvimento com a exploração do ouro, a partir dos meados do século 18 tornou-se um importante centro político e econômico da Capitania das Minas Gerais - recebeu uma casa de fundição, igrejas e casarões. Até hoje guarda muito das características do século 18 e 19.












O produto mais famoso da cidade, o queijo do serro, ainda é produzido de maneira artesanal nas pequenas propriedades rurais do município, como há mais de 200 anos. Apesar de a receita de fabricação ser semelhante à de outras regiões de Minas, esta adquire características singulares, segundo os especialistas, por causa do clima local. Em setembro realiza-se na cidade a Festa do Queijo do Serro, com exposições, concursos, shows e rodeios.

O Queijo do Serro, produto de identidade mineira, registrado pelo IEPHA como primeiro Bem Imaterial de Minas Gerais (2002) e como Patrimônio Imaterial do Brasil (2008).










Milho Verde

A busca de ouro e posteriormente de diamantes fez surgir o vilarejo no século 18. Incluída no Distrito Diamantino, área administrada rigidamente pela Coroa Portuguesa, durante a época da mineração. Milho Verde abrigou um "registro" uma espécie de alfândega onde se controlava a passagem de pessoas que trabsitavam pela Estrada Real. Lá foram instalados quartel e posto fiscal, que tinha entre suas funções combater o contrabando de diamantes. Nesse período também não se permitiu em suas terras a atividade mineradora. Dessea forma, o povoado viveu tempos de estagnação econômica. Dos anos 1700, o distrito de Serro, localizado junto às encostas da Serra do Espinhaço e cortado pelo rio Jequitinhonha, conserva igreja, alguns prédios históricos e o traçado de um povoado colonial.





















São Gonçalo do Rio das Pedras



O arraial nasceu com a exploração de ouro no início do século 18. Por volta de 1730, com a descoberta de diamantes na região, o povoado passou a ser controlado pelas mesmas leis restritivas aplicadas a Diamantina. Dessa forma, o desenvolvimento do povoado pode ter sido prejudicado, uma vez que estas normas dificultavam a entrada de novos moradores e até expulsavam os que se dedicavam a mineração de ouro. Apesar do declínio da atividade mineradora ter sido apontado pelo viajante inglês John Mawe, já em 1809, a mineração em São Gonçalo perduraria pelos menos até meados do século 19. Nos primeiros anos do século seguinte, o local adquire importância comercial com a passagem dos tropeiros que faziam a circulação de mercadorias em Serro e Diamantina, pela Estrada Real. Inserida no Vale do Jequitinhonha, em região repleta de matas e cachoeiras, a pequena São Gonçalo do Rio das Pedras, com suas construções simples e preservadas, expõe a paissagem urbana das cidades mineiras do período colonial.






O nome deve-se a lenda de um menino que vivia na vila, não tinha família e que sempre se encontrava próximo a um pé de goiabeira, no alto do morro, brincando. Com o tempo, os moradores descobriram que se tratava de um santo, São Gonçalo. No local da goiabeira foi construído então uma capelinha, onde hoje é a Igreja Matriz de São Gonçalo do Rio das Pedras.





Capivari

Em Capivari, localizado no Alto Jequitinhonha, nos surpreendemos com as belezas naturais que enchem os olhos. Lá, está localizado o Pico do Itambé, que oferece uma panorâmica de todo o Alto Jequitinhonha, e por ser um ponto culminante da região e de suma importância, foi um dos principais fatores da criação do Parque Estadual do Pico do Itambé, em 21 de janeiro de 1998. O parque abriga riquezas naturais como cachoeiras, cursos d’água e diversificada vegetação. Abrange em seus domínios, várias nascentes e cabeceiras de rios das bacias do Jequitinhonha e Doce, além do Pico do Itambé com seus 2.002 metros.

Visitar Capivari é se encantar pelas belezas turísticas da região e contribuir solidariamente com os moradores e a comunidade.


Mato Grosso e Ribeirão

Antigamente distrito de Alvorada de Minas, Mato Grosso hoje integra o município do Serro, no Alto Jequitinhonha. É um pequeno distrito, formado por oito ruas que se encontram em um ponto comum, onde se localiza a Capela de São Sebastião. O distrito possui ainda algumas casas em estilo colonial simples, mas assim como a Capela, já tiveram algumas de suas principais características modificadas.

Há também em Mato Grosso a capela de Nossa Senhora das Dores, e a religiosidade presente faz convergir para a cidade um grande número de fiéis. Há festas como a do padroeiro e de Nossa Senhora do Rosário, e a mais famosa é a que se realiza na capela de Nossa Senhora das Dores, com elevado fluxo de romeiros que, durante duas semanas de jubileu no mês de julho, ocupam as dezenas de casinhas localizadas próximas à igreja. Esta, em posição de eminência sobre o escarpado morro de pedras, domina uma ampla paisagem, deixando ver desde longa distância as silhuetas de suas duas torres. Além da religiosidade, a região possui atrativos naturais como cachoeiras, piscinas naturais e matas nativas.

Ribeirão, também distrito de Serro e localizado à 5 km de Mato Grosso, é uma comunidade simples, com formação de casas em uma única rua, que liga a entrada do povoado à uma Capela. Seu principal atrativo é, com certeza, a hospitalidade de seus moradores. Visitar Mato Grosso e Ribeirão é conhecer as belezas naturais da região e participar ativamente do cotidiano da comunidade.

Santo Antônio do Itambé

A 30 km do Serro, a pequena cidade de Santo Antônio do Itambé está localizada em um estreito vale na confluência dos rios Branco e Madre. Assim como outras localidades da região, teve origem na exploração de ouro e pedras preciosas durante o século 17. De 1841 até se tornar-se município, em 1962, foi um distrito do Serro. Seu nome porém, permaneceu o mesmo desde os tempos de povoado. Itambé na língua tupi-guarani significa "pedra afiada", uma provável alusão ao Pico do Itambé, que sobressaindo-se na Serra do Espinhaço, servia de referência para os tropeiros no caminho entre Ouro Preto e Diamantina.

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