sexta-feira, 10 de abril de 2009

Caraça, Cocais e ...



Catas Altas

O arraial de Catas Altas do Mato Dentro começou a se desenvolver no início do século 18 e uma década depois já reunia uma pequena população de mineradores e escravos em torno da capela de Nossa Senhora da Conceição. Uma nova igreja que passa a substituir a antiga capela, passa a ser frequentada a partir de 1738 apesar de inacabada. As primeiras descobertas de ouro na região foram feitas na parte oriental do maciço do espinhaço em 1702, pelo Bandeirantes Domingos Borges. As minas conhecidas como Catas Altas, tornam-se o núcleo original do arraial.

Por volta de 1770, chegava à região o religioso conhecido como irmão Lourenço, que lançava as bases do Santuário e Colégio do Caraça, uma instituição que ganharia grande importância em Minas Gerais. A pequena e tranquila cidade é rodeada pela imponente Serra do Caraça. Há um conjunto arquitetônico bem preservado próximo à matriz de Nossa Senhora da Conceição.


Ruínas de um bicame, ou aqueduto, construído de pedra em 1792 para levar água da Serra do Caraça até o vilarejo de Brumado, hoje Brumal. Hoje restam apenas 200m de extensão e uma escadaria que dá acesso à parte superior.
Patrimônio Natural do Caraça

À sombra da Serra do Caraça, com picos de mais de 2.000m procurados por adeptos da escalada, estende-se uma região que desponta no cenário nacional com um vasto acervo ecológico. Cenário da expedição naturalista por onde caminharam os naturalistas Spix e Martius, no século 19, ainda hoje é uma das poucas partes do país onde a Mata Atlântica se junta ao Cerrado, formando um verdadeiro jardim natural - oásis e habitat de várias espécies de fauna e flora dos dois biosistemas. As condições favoráveis de clima e solo ajudam na preservação de espécies sob o risco da extinção, como o lobo guará que se tornou um símbolo do local.



Santuário do Caraça:



Fundado em 1774 pelo Irmão Lourenço e doado aos missionários lazaristas, ali foi foi instituído o primeiro seminário e a primeira igreja neogótica do Brasil. Um colégio interno funcionou nas dependências do Santuário até 1968, quando um trágico incêndio quase destruiu o conjunto arquitetônico. Em 1994 foi criada a RPPN do Caraça destinada a preservar a fauna e flora local.





Os lobos-guarás à noite vêm se alimentar nas mãos dos padres nos adros da igreja que está localizada bem do meio da reserva. O lobo-guará é considerado o maior canídeo da América do Sul e está entre os animais que sofrem sérios riscos de extinção dentro de nossa fauna.






A Cascatinha, formada por 4 quedas d’água e 4 piscinas naturais, localiza-se a 2 km do Santuário, por uma trilha de fácil acesso. Medindo 40 m, suas águas nascem pelos lados do Pico do Sol (2072m), de onde vem saltando pela encosta e pelas pedras.Suas águas, puras e espumantes, têm uma coloração amarelada que aumenta de intensidade no tempo das chuvas, em razão das matérias orgânicas que descem da Serra.






Cocais

Distrito do município de Barão de Cocais, possui um interessante conjunto arquitetônico do período colonial formado por antigos casarões e igrejas. Os coqueiros que embelezam os campos nos arredores inspiram o nome do local. A fundação do povoado se deu o século 18, em torno da capela de Sant'ana.
Nesta localidade nasceu José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o "Barão de Cocais" que foi governador de Minas Gerais e fundador de cidade de mesmo nome.
Durante muito tempo Cocais foi um importante ponto de parada de tropeiros, que circulavam pela Estrada Real, indo e vindo do sertão mineiro. Ainda hoje pode ser visto resquícios dos ranchos que abrigavam esses viajantes. Foi uma importante encruzilhada dos viajantes vindos de Sabará, Caeté e Ouro Preto.













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