domingo, 19 de abril de 2009

Ouro Preto (Vila Rica)


Ouro Preto é a cidade no qual convergem os 3 caminhos que compõem a Estrada Real, de Paraty, do Rio de Janeiro e de Diamantina. Isso porque foi a mais importante centro econômico e político do Ciclo do Ouro no Brasil Colonial. Não existia um povoado único, mas em 1711, os primitivos núcleos de Ouro Preto, Antônio Dias, Ouro Podre e Padre Faria, seriam unidos para formar a Vila Rica de Albuquerque. O ouro preto que daria nome à cidade, a partir de 1823, eram pequenas pedras encontradas no rio Tripuí por volta de 1695, trazendo à região grandes levas de migração de garimpeiros.




Em 1789, Vila Rica seria palco da famosa Conjunção Mineira, pois a maioria dos inconfidentes lá viveram e conspiraram.
Já no período republicano, em 1897, a capital do estado era finalmente transferida para Belo Horizonte. A cidade passou por um período de esvaziamento que paradoxalmente, levou à conservação de seu impressionante conjunto arquitetônico colonial. Ouro Preto possui o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela UNESCO.









A cidade possui vida cultural de destaque:
  • Carnaval, em fevereiro.

  • Mostra de cinema, em junho.

  • Festival de Inverno da UFOP, em julho.
  • Festival Tudo é Jazz, em setembro.
  • Festa do 12, em outubro, que reúne ex-estudantes da UFOP nas repúblicas.

  • Fórum das Letras, em novembro.







  • Antônio Pereira




  • Entre as montanhas e rios de Minas Gerais, guardando aos pés da Serra Geral, a 14 Km de Ouro Preto, encontra-se o distrito de Antônio Pereira. A região é de grande beleza natural, cercada por montanhas e cachoeiras.




São Bartolomeu

Uma pequeníssima jóia barroca setecentista situada em ponto estratégico da Estrada Real. Assim pode ser definido este distrito. A matriz de São Bartolomeu, a igreja de N. Sra. das Mercês e o casario do centro despertam o interesse do turista.
São Bartolomeu fica a 13 Km de Ouro Preto acesso pela Rod. BR 356 + via de terra. A população urbana é de 233 e a rural é 553 habitantes. A altitude média é de 1028 metros.


Sendo um dos maiores distritos de Ouro Preto, São Bartolomeu tem a importante responsabilidade de preservar toda área verde das nascentes do Rio das Velhas. A área de Proteção Ambiental da Cachoeira das Andorinhas abrange 90% do distrito.
















Amarantina

É um dos distrito mais antigos de Ouro Preto e seu primeiro nome foi São Gonçalo da Vargem. A matriz de São Gonçalo do Amarante (foto), em estilo barroco, foi construída no século 18.



Em Amarantina, vale a pena conhecer o Projeto Redução, curioso museu que apresenta miniaturas de construções de várias fases da arquitetura brasileira, como a Casa dos Contos em Ouro Preto, e do Palácio da Alvorada em Brasília.










Cachoeira do Campo

Foi um centro de abastecimento de genêros alimentícios para a região de mineração de ouro e teve grande importância econômica e política durante o século 18. O distrito foi um pólo de fabricação de acessórios para montarias utilizados pelos tropeiros.

A igreja matriz de Nossa Senhor a de Nazaré, do século 18, exibe altar folheado a ouro. Uma tradição local é produção de artesanato em pedra sabão.






Lavras Novas

Lavras Novas do Coronel Furtado, nome primitivo do povoado, faz referência a Coronel Salvador Furtado Fernandes de Mendonça, cuja descobertas de ouro no Ribeirão do Carmo, em 1696 deram origem à cidade de Mariana. Moradores costumam dizer que a comunidade teria sido formada por decendentes de quilombolas. O mais provável no entanto, é que após o esgotamento das reservas auríferas da região o vilarejo tenha sido abandonado e os negros escravos tenham ocupado o local. Seja qual for a explicação, o certo é que por mais de um século Lavras Novas viveu praticamente isolado.




Além das antigas construções simples há bons passeios pelos arredores em cachoeiras, Represas do Custódio e caminhadas e passeios a cavalo à Serra do Trovão a 1.740m de altitude proporcionado bela vista panorâmica de Ouro Preto e dos picos do Itacolomi e de Itabirito.



Parque Estadual do Itacolomi


O patrimônio natural, com grande diversidade biológica é composto por florestas pertencentes ao domínio da mata atlântica e por campos rupestres com afloramentos rochosos nas partes mais altas da serra.
O Pico do Itacolomi, ponto mais alto do Parque, com 1.772m de altitude foi referência importante para os bandeirantes e aventureiros que buscavam ouro e pedras preciosas entre os séculos XVII e XVIII. O nome vem da língua tupi e significa “Ita, pedra – Colomi (curumim), criança; isto é, filho da pedra, ou pedra com o filho”.

O Parque abriga inúmeras nascentes. Os cursos d’água que nascem no parque, fazem parte das bacias do Rio Gualaxo do Sul e Gualaxo do Norte, afluentes do Rio Doce.










Estação Ecológica de Tripuí

Área de 337ha, ecossitema de Mata-atlântica e cerrado e clima temperado úmido. Considerada um dos locais mais antigos da colonização em Minas Gerais, a estação ecológica foi primeiramente dedicada a ser um espaço para cultivo de frutas de clima temperado, até que em 1954 foi descoberto no local um exemplar do Peripatus acacioi - exemplar pimitivo do planeta, pertecente à classe dos onicóforas, tem grande valor por ser considerado um tipo de elo perdido entre os anelídeos (minhocas) e os artrópodos (aranhas). Por esta razão, foi criado em 1978 a Estação Ecológica, sendo uma das mais importantes reservas naturais do estado e a primeira do Brasil para proteção de um invertebrado. Tripuí significa água veloz na língua tupi.

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