
Ainda em 1822, o Imperador D. Pedro I encantou-se com o clima e a natureza da Serra da Estrela. Oito anos mais tarde adquiriu as terras da Fazenda Córrego Seco, com a intenção de construir ali uma residência de verão para a família imperial. Seu sonho só se concretizaria treza anos mais tarde, no reinado de seu filho. As obras foram coordenadas pelo engenheiro alemão Júlio Frederico Koeler, que contratou imigrantes alemães para construir o palácio e os novos trechos da estrada. Os alemães então povoaram as terras da Fazenda Córrego Seco. 




O Palácio de verão de D. Pedro II, hoje MUSEU IMPERIAL, foi a residência predileta do Imperador, onde passou os melhores momentos de sua vida. Suaconstrução, iniciada em , 1845, por determinação do monarca, e às expensas de sua dotação pessoal, deu origem à cidade de Petrópolis. O projeto original, do major e engenheiro alemão Júlio Frederico Koeler, superintendente da Fazenda Imperial, foi seguido, após sua morte, pelos arquitetos Joaquim Cândido Guillobel e José Maria Jacinto Rebelo.
O piso do vestíbulo, em mármore de Carrara e mármore preto da Bélgica, foi colocado em 1854, destacando-se ainda os assoalhos e esquadrias em madeiras de lei, como o jacarandá, o cedro, o pau-cetim, o pau-rosa e o vinhático, procedentes das diversas províncias do Império. Os estuques das salas de jantar, de música, da sala de visitas da Imperatriz, da sala de Estado e do quarto de dormir de Suas Majestades contribuem para dargraça e beleza aos ambientes do Palácio, um dos mais importantes monumentos arquitetônicos do Brasil. Os jardins foram planejados por Jean Baptiste Binot, com a orientação do próprio Imperador, e nele se encontram ainda espécimens raros da flora brasileira e estrangeira.