quinta-feira, 26 de março de 2009

ESTRADA REAL

ESTRADA REAL

A Estrada Real foi sendo construída nos muitos anos de idas e vindas, das Minas ao litoral, desde o século XVII, em busca das riquezas. Caminhar pela Estrada Real é reviver os passos e os caminhos pecorridos pelos escravos, pelo ouro e pela história. Constituída, ainda, pelas vias de acesso, os pontos de parada, as cidades e vilas históricas que se formaram durante o passar dos homens e do tempo.Inicialmente, o caminho ligava a antiga Villa Rica, hoje Ouro Preto, ao porto de Paraty, mas pela necessidade de uma via de escoamento mais segura e mais rápida ao porto do Rio de Janeiro e, também por imposição da Coroa foi aberto um "caminho novo". A rota de Paraty passou a ser o "caminho velho", a partir do século XVIII. Com a descoberta das pedras preciosas na região do Serro, a estrada se estendeu até o Arraial do Tejuco (atual Diamantina), deixando Ouro Preto como o centro de convergência da Estrada Real.Assim se formou o complexo da Estrada Real, ou seja, mais de 1600 km de patrimônio, cercado de montanhas, natureza, cultura e arte. Conhecer a Estrada Real é reviver o passado e a história de Minas e do Brasil.



Caminho Velho:

A movimentação através do Caminho Velho crescia prporcionalmente à prosperidade da região mineradora. Enquanto o ouro seguia a cada dia em maior quantidade em direção ao litoral, no sentido inverso subia a serra toda sorte de bens manufaturados, quinquilharias e produtos para uso doméstico, na agricultura e também para a variada comercialização de vendas e armazéns. Proliferavam, nesse período, os pousos, ranchos e vendas que muitíssimas vezes originavam arraiais, povoados e vilas.






Sabarabuçu:

Este caminho ligou importantes vilas coloniais às demais regiões do Brasil Colonial (ou América Portuguesa). Neste solo foi travado um dos grandes acontecimentos históricos, a Guerra dos Emboabas, em Morro Vermelho, e também houve a elevação do Arraial de Sabará à categoria de Vila Real da Conceição, capital da comarca, que no início do século 18 foi uma das regiões mais populosas de Minas Gerais, contando com um comércio de 127 vendas e 5.771 negros escravos matriculados. Em outras palavras, era um dos maiores empórios comerciais da região mineradora, concomitantemente a Vila Rica.





Caminho Novo:

Apesar de mais curto que o trajeto feito por Paraty, o Caminho Novo o grave inconveniente de não possuir ao longo de seu percurso a infra-estrutura de hospedagem e alimentação, além de ser muito menos frequentado por tropas - os muares só começaram a percorrê-lo a partir de 1711 - e transeuntes, tornando, portanto a viagem menos segura. No ano de 1710 negociantes da cidade do Rio de Janeiro solicitaram ao governador da capitania a permissão para continuarem utilizando o Caminho Velho. A autorização foi concedida, mas com condição de que isso se desse apenas temporariamente e que o ouro extraído das minas gerais continuasse a circular unicamente pelo Caminho Novo.

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